Os futuros do açúcar subiram pela segunda sessão seguida nesta quinta-feira (14) nas Bolsas de Nova York e Londres e renovaram máximas de mais de três anos. O mercado acompanha expectativas relacionadas com a oferta restrita nas duas principais origens do mundo, Índia e Brasil.

O principal vencimento do açúcar bruto na Bolsa de Nova York subiu 5,24%, negociado a US$ 16,67 c/lb no dia. Na máxima do dia, chegou a US$ 16,75 c/lb. Em Londres, o açúcar branco teve avanço de 4,08%, a US$ 464,40 a tonelada. A máxima do dia foi de US$ 466,10.

Segundo o analista da Safras & Mercado, Mauricio Muruci, as altas nesta quinta-feira nas bolsas acompanharam as informações do Brasil e da Índia. "Neste momento, a Índia não está conseguindo fazer seus embarques, enquanto que o Brasil está em período de entressafra".

As vendas de exportação da Índia estão atrasadas por conta da demora do governo local em anunciar subsídios à exportação, de 35 bilhões de rúpias (US$ 477 milhões), que ocorreu no mês passado com três meses de atraso. A estimativa de embarques do país é de até 6 milhões de toneladas de açúcar.

Apesar das recentes altas no mercado, Muruci aponta ainda que deve haver limitação dos ganhos no mercado do açúcar diante das expectativas de safra considerável de cana-de-açúcar da Índia, que está em colheita neste momento, e do Brasil.

Mercado interno
Os negócios no spot de São Paulo estão lentos, segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (CEPEA-Esalq/US). O Indicador CEPEA/ESALQ, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, fechou a R$ 104,55 a saca de 50 kg na quarta-feira (13).

fonte: Udop, com informações do Notícias Agrícolas (escrita por Jhontas Simião)