Banco Central espera inflação em 4,3% em 2020 e 3,4% em 2021
17/12/2020 - 10:35h
Imagem: LightFieldStudios, de envatoelements
O Relatório Trimestral de Inflação de dezembro, divulgado nesta quinta-feira (17) pelo Banco Central, projeta o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 4,3% neste ano, 3,4% em 2021, 3,4% em 2022 e 3,3% em 2023. Essa é a projeção central do BC, que considera juros com trajetória projetada na pesquisa Focus (junto a analistas econômicos principalmente do mercado) e taxa de câmbio evoluindo segundo a Paridade do Poder de Compra (PPC) ao longo do tempo.
O BC não divulgou os outros cenários que costumava apresentar em seu relatório, com juros e câmbio constantes e com combinações híbridas entre juro e câmbio da pesquisa Focus.
No documento de setembro, as estimativas do cenário central, à época com juros e câmbio constantes, eram de 2,1% para 2020, 3% para 2021, 3,8% para 2022 e 4,6% para 2023. Naquela projeção, utilizou-se taxa de juros em 2% ao ano e taxa de câmbio de R$ 5,30, vigente nos cinco dias anteriores à reunião de setembro do Copom.
A meta de inflação é de 4% para 2020, 3,75% para 2021, 3,5% para 2022 e 3,25% para 2023. O intervalo de tolerância é de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos. Quando a inflação anual fica fora do intervalo de tolerância, o presidente do BC precisa escrever uma carta aberta ao ministro da Economia explicando os motivos que levaram ao não-cumprimento da meta e detalhando ações que serão tomadas para corrigir o problema.
Piso e teto da meta de inflação
A probabilidade de o IPCA fechar abaixo do piso da meta ou acima do teto em 2020 é de 0%, de acordo com as estimativas do BC, considerando o cenário com taxas de juros coletadas na pesquisa Focus e câmbio evoluindo pela paridade do poder de compra.
Para 2021, as chances de ficar abaixo do piso são de 19% e de ficar acima do teto, de 8%. Para 2022, as chances de ficar abaixo do piso são de 16% e de ficar acima do teto são de 12%. No caso de 2023, as chances de ficar abaixo do piso são de 13% e de ficar acima do teto, de 15%.
As projeções apresentadas acima utilizam o conjunto e informações disponíveis até a última reunião do Copom, em 8 e 9 de dezembro.
fonte: Udop, com informações do Valor Investe (escrita por Fabio Graner e Estevão Taiar)