Brasil começa julho com fluxo cambial negativo após déficit de quase US$2,9 bi em junho
09/07/2020 - 08:20h
Imagem: BrianAJackson, de envatoelements
O fluxo cambial líquido ao Brasil começou julho negativo, depois de mostrar déficit de quase 2,9 bilhões de dólares em junho, mostraram dados do Banco Central nesta quarta-feira.
A divulgação, prevista para 14h30, sofreu atraso, e os dados somente ficaram disponíveis por volta de 15h20.
O saldo entre entradas e saídas de dólares pelo câmbio contratado ficou negativo em 398 milhões nos primeiros três dias de julho, puxado por déficit de 542 milhões de dólares na conta financeira. Do lado comercial, houve superávit de 143 milhões de dólares.
Em junho, o fluxo cambial ficou negativo em 2,885 bilhões de dólares, também pressionado pelas operações financeiras, que contabilizaram déficit de 4,742 bilhões de dólares. Já a diferença entre câmbio contratado para exportação e importação mostrou sobra de 1,857 bilhão de dólares.
No acumulado de 2020, o fluxo cambial está negativo em 12,935 bilhões de dólares ---com saída líquida de 38,685 bilhões de dólares nas operações financeiras e superávit de 25,751 bilhões de dólares do lado comercial.
No mesmo período do ano passado, o fluxo cambial agregado ficou negativo em 5,262 bilhões de dólares.
Intervenções
Os números mostraram ainda que o BC liquidou a venda de 365 milhões de dólares em moeda à vista nos primeiros três dias de julho, quando também liquidou a recompra de 2,550 bilhões de dólares referentes a linhas com compromisso de recompra.
Ao longo de junho, o BC liquidou a colocação de 1,033 bilhão de dólares em moeda estrangeira e também a recompra de 1,750 bilhão de dólares de linhas com recompra.
A posição cambial líquida do BC caiu em junho a 299,454 bilhões de dólares, pouco abaixo do valor de 299,785 bilhões de dólares do fim de maio.
A posição líquida dos bancos no mercado de dólar à vista fechou junho em 26,904 bilhões de dólares, ante 25,505 bilhões de dólares em maio.
fonte: Udop, com informações da Reuters (escrita por José de Castro)