No Brasil, energia solar fotovoltaica conta com mais de R$ 40 bilhões em investimentos e supera 8 gigawatts
09/03/2021 - 08:08h
Segundo novos dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), a energia solar fotovoltaica supera 8 gigawatts (GW) de potência operacional no Brasil. O levantamento considera usinas de grandes dimensões e pequenos e médios sistemas instalados em terrenos, fachadas e telhados. Os números também indicam que, desde 2012, o setor fotovoltaico já gerou mais de 240 mil empregos acumulados e mais de R$ 40 bilhões em investimentos.
O Brasil possui, na modalidade de geração centralizada, 3,1 GW de potência instalada em usinas fotovoltaicas, o que corresponde a 1,7% de toda a matriz elétrica do território. Com preços médios menores que US$ 21,00/MWh, em 2019, a fonte solar foi a mais competitiva entre as fontes renováveis nos Leilões de Energia Nova A-4 e A-6.
Hoje em dia, as usinas solares de grandes dimensões ocupam a posição de sétima maior fonte de geração do país, com projetos em funcionamento em nove estados brasileiros, nas regiões Sudeste (São Paulo e Minas Gerais), Norte (Tocantins) e Nordeste (Rio Grande do Norte, Paraíba, Bahia, Ceará, Piauí e Pernambuco). Nesse setor, os investimentos acumulados superam R$ 16 bilhões.
Em relação ao total das capacidades instaladas das modalidades de geração centralizada e distribuída, a fonte fotovoltaica ocupa a sexta posição na matriz elétrica brasileira, atrás das termelétricas a gás natural, da eólica, hidrelétrica, biomassa e termelétricas movidas a diesel e demais combustíveis fósseis. A fonte solar já retrata mais do que o total de toda a capacidade de usinas nucleares e termelétricas a carvão, que somam 5,6 GW.
Com 4,9 GW de potência instalada da fonte fotovoltaica, o setor de geração distribuída simboliza mais de R$ 24 bilhões em investimentos aplicados pelas cinco regiões do país, acumulados desde 2012. Atualmente, protagonizando com folga o segmento, a tecnologia solar é usada em 99,9% de todas as conexões distribuídas no Brasil.
Os consumidores residenciais estão em liderança quando se fala de números de sistemas instalados, caracterizando 73,6% do total. Logo após, estão as companhias dos segmentos de comércio e serviços (16,6%), consumidores rurais (7,0%), indústrias (2,4%), poder público (0,4%) e outros setores, como serviços públicos (0,03%) e iluminação pública (0,01%).
Já em potência instalada, com 38,9%, os consumidores residenciais protagonizam a utilização da energia solar fotovoltaica. Após esse setor, estão os segmentos de comércio e serviços (37,8%), consumidores rurais (13,2%), indústrias (8,8%), poder público (1,2%) e outros setores, como serviços públicos (0,1%) e iluminação pública (0,02%).
De acordo com a ABSOLAR, o território brasileiro abastece, por meio da energia fotovoltaica, mais de 514 mil unidades consumidoras, contando com mais de 411 mil sistemas solares fotovoltaicos ligados à rede, proporcionando sustentabilidade e redução de gastos. A fonte se encontra em todos os estados do país, com Minas Gerais, São Paulo, Rio Grande do Sul, Mato Grosso e Paraná, respectivamente, como os cinco maiores estados em potência instalada.
"Embora tenha avançado nos últimos anos, o Brasil continua com um mercado solar ainda muito pequeno, sobretudo na geração distribuída. Há mais de 86 milhões de consumidores de energia elétrica no país, porém atualmente apenas 0,6% faz uso do sol para produzir eletricidade", disse Ronaldo Koloszuk, presidente do Conselho de Administração da ABSOLAR.
"Nas crises de 2015 e 2016, o PIB do Brasil foi inferior a -3,5% ao ano, mas o setor solar fotovoltaico cresceu mais de 100% ao ano. Com isso, ajudamos na recuperação do País. Agora, passada a fase mais aguda desta pandemia, a energia solar fotovoltaica irá novamente alavancar a recuperação do Brasil. A solar será parte da solução, tanto para a nossa sociedade, quanto para o meio ambiente", completa o executivo.
Conforme Rodrigo Sauaia, CEO da ABSOLAR, a energia solar ocupará, cada vez mais, um papel estratégico para o alcance dos objetivos de desenvolvimento econômico do Brasil, principalmente agora, visando auxiliar a recuperação sustentável da economia, uma vez que a fonte solar é a que mais produz renda e empregos no mundo.
"A energia solar fotovoltaica reduz o custo de energia elétrica da população, aumenta a competitividade das empresas e desafoga o orçamento do poder público, beneficiando pequenos, médios e grandes consumidores do País. O setor solar fotovoltaico trabalha para acelerar a expansão renovável da matriz elétrica brasileira, a preços competitivos. Somos a fonte renovável mais barata do Brasil e ajudaremos o País a crescer com cada vez mais competitividade e sustentabilidade", pontua Sauaia.
fonte: Udop, com informações do Portal Solar