"O movimento não acabou!, prestem atenção nos caminhoneiros", diz o líder do tratoraço, Gustavo Chavaglia
08/01/2021 - 08:12h
Imagem: duallogic, de envatoelements
O governador João Doria recuou da sua intenção de taxar o Agro após a repercussão do "tratoraço" em cerca de 200 cidades do interior paulista. O secretário da Agricultura, Gustavo Junqueira, deixou claro que não mais haverá aumento na cobrança de impostos sobre hortifrutigranjeiros. Em matéria divulgada agora à tarde, a agencia Reuters confirmou a informação, mas admitiu que combustíveis, como diesel e etanol, não entraram na discussão.
A classe produtora unida mostrou sua força, e levou o Governo Paulista a rever a errônea, inoportuna e infeliz ideia de aumentar a carga tributária que incide sobre a produção agropecuária. Os impactos dessa arbitrariedade seriam sentidos primeiro pelos produtores, mas posteriormente no bolso de todos os consumidores brasileiros, e não apenas os paulistas, e até do próprio governo, que veria sua arrecadação cair. Surpreende a insensibilidade, tanto do executivo quanto do legislativo, não apenas em virtude da Pandemia, mas porque a promessa de não aumentar impostos alicerçou a campanha eleitoral de muitos que, neste episódio ao menos, disseram NÃO ao Agro! Vencida esta batalha, mas não a guerra.
Gustavo Chavaglia, presidente da Aprosoja SP, disse em entrevista ao site Notícias Agrícolas que está marcado para esta sexta-feira (08/01) um protesto na Ceagesp e nas Ceasas de São Paulo. Ele ressaltou também que o movimento de hoje se estenderá até a retirada do ICMS nos combustíveis e que essa ação será feita em colaboração com o setor de transportes de carga. O aumento de impostos no diesel e no etanol resultará em aumento do frete de produtos agropecuários, além de impactar a renda dos caminhoneiros que escoam a produção agrícola pelas estradas do país.
fonte: Udop, com informações do Notícias Agrícolas