Previsão: veja como fica o tempo no Brasil até 20 de agosto
28/07/2020 - 08:36h
Imagem: Besjunior, de envatoelements
A frente fria avança nesta semana pela região Sul, levando chuva para os três estados. Nesta terça-feira, 28, a precipitação fica mais concentrada no noroeste do Rio Grande do Sul e no oeste de Santa Catarina. Somente a fronteira do Rio Grande do Sul com o Uruguai e norte do Paraná ficam com o tempo seco. No norte do Rio Grande do Sul e no Vale do Itajaí, o acumulado pode passar dos 35 milímetros, mas de uma forma geral, estima-se algo entre 10 e 20 milímetros até a quarta-feira, 29.
Há risco de granizo nas regiões de Santa Rosa (RS), Três Passos (RS) e São Miguel do Oeste (SC) nesta terça-feira. Já as rajadas de vento serão mais intensas em Santa Catarina e Paraná, alcançando áreas como Florianópolis (SC), São Joaquim (SC), Guarapuava (PR) e Palmas (PR).
Depois da passagem da frente fria, uma massa de ar polar vai avançar pelo Sul. No centro, oeste e sul do Rio Grande do Sul, a mínima varia de 0 °C a 3 °C entre terça e quinta-feira, 30, com formação de geadas amplas. O retorno do tempo seco e a temperatura baixa favorecem o desenvolvimento das culturas de inverno e são bem-vindas para frutas, como uva, maçã e pêssego. Não há previsão de geadas em áreas produtoras vulneráveis.
Após passar pelo Sul, a frente fria avançará pela costa do Brasil levando chuva à costa de São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Zona da Mata de Minas Gerais. Há previsão de chuva forte desde o Rio de Janeiro até o sul do Espírito Santo e Zona da Mata de Minas Gerais. A precipitação intensa alcança áreas produtoras de café de Cachoeiro de Itapemirim (ES) e de Carangola (MG).
Por outro lado, na maior parte do Sudeste, Centro-Oeste e Norte e no interior do Nordeste, o tempo permanecerá seco e manterá as condições favoráveis para a colheita de milho safrinha, algodão, laranja, cana de açúcar e café arábica.
Nos primeiros dez dias de agosto, o tempo seco vai predominar em boa parte do centro-sul do Brasil. A chuva será mais intensa na costa do Nordeste, especialmente no Recôncavo Baiano, favorecendo o desenvolvimento de pastagens e do milho, mas dificultando atividades de secagem do cacau.
Entre 10 e 20 de agosto, a chuva mais intensa retornará ao Sul, mas o maior acumulado está previsto para o litoral de Santa Catarina e do Paraná. Trata-se de um padrão típico de resfriamento do Pacífico. "As frentes frias tornam-se zonais, passando rapidamente pela região Sul e afastando-se para o oceano", afirma Celso Oliveira, meteorologista da Somar.
Voltou a chover com maior frequência no Rio Grande do Sul, embora a precipitação seja bem mais fraca que os eventos registrados no início do mês. No fim de semana, choveu mais de 35 milímetros em alguns municípios, como Canguçu, da metade sul do estado.
Nesta segunda-feira, um novo sistema frontal traz chuva de até 30 milímetros para a região central, em Venâncio Aires. A precipitação paralisa algumas atividades de campo, como a manutenção das culturas de inverno.
Em Santa Catarina e Paraná, a chuva até o momento foi bem mais fraca e isolada, chegando a cinco milímetros no oeste do Paraná e no sudoeste do Paraná.
No Centro-Oeste, na maior parte do Sudeste, no interior do Nordeste e do Tocantins a Rondônia, o tempo permaneceu seco. O número de dias sem chuva forte (pelo menos 10 mm/dia) aproxima-se dos 100 em municípios de Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais, Tocantins, Bahia, Piauí, Maranhão e Pará.
O Cerrado, maior bioma nacional, registra também a maior quantidade de focos de queimada em 2020. Já são mais de 12 mil, valor semelhante ao registrado no mesmo período do ano passado. O Pantanal, com quase 4 mil focos, registra aumento de mais de 200% comparando com 2019.
Apesar do atual tempo seco, a colheita do milho segunda safra está um pouco mais lenta que a média dos últimos cinco anos. Isso se deve ao atraso de todo o ciclo, desde a instalação da cultura no verão. Estima-se que pouco mais da metade do cereal foi colhido até o momento. O tempo seco também ajuda a colheita do café, laranja, cana-de-açúcar e algodão.
Em hortifruti, o atual tempo seco favorece a colheita de algumas produções, caso da batata em Vargem Grande do Sul (SP) e sul e cerrado de Minas Gerais. Isso também vale para o tomate, que por conta da demanda retraída e por ser um produto muito perecível, vem sendo descartado nas lavouras e atacados. A maior oferta também acontece pelas temperaturas mais elevadas, que aceleram a maturação do produto.
A manga, por outro lado, vem sentindo os efeitos do excesso de chuva no vale do São Francisco entre fevereiro e março. A fruta sofreu com doenças e apresenta um padrão de qualidade um pouco menor que o habitual.
fonte: Udop, com informações do Canal Rural