Quais são as estratégias de diversificação mais promissoras para a 21/22
09/11/2020 - 08:50h
Imagem: twenty20photos, de envatoelements
O açúcar, etanol e energia elétrica cogerada são tradicionais subprodutos da cana-de-açúcar consolidados. Obviamente, turbulências de mercado afetam, ora o etanol, ora o açúcar, alternando o mix produtivo. Sendo que nessa gangorra o açúcar vem se mantendo em alta nas últimas safras. No entanto, o setor que sempre inova em sustentabilidade também cria novas estratégias de diversificação para acrescentar lucro ao caixa.
Três delas vem ganhando força a cada nova safra e outras estão surgindo de forma promissora. Vamos iniciar nesse post que faz parte de uma série de três publicações onde pretendemos mostrar essas novas fontes de receita que se mostram cada vez mais promissoras falando sobre a fabricação do etanol de milho.
Cresce a produção de etanol de milho
Dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), informam que atualmente existem 14 usinas produtoras de etanol de milho. Elas são localizadas no Estados de São Paulo, Paraná, Goiás e Mato Grosso. Sete utilizam apenas o grão do milho para gerar etanol e outras sete são híbridas: utilizam cana-de-açúcar e milho em seu processo produtivo.
Ainda de acordo com a ANP, de janeiro a dezembro de 2019, elas produziram 2,12 bilhões de litros de etanol, sendo que 711,86 milhões foram fabricados pelas unidades que somente utilizam milho como matéria-prima.
Mais recentemente, nos quatro primeiros meses de 2020, 14 usinas produziram 787,82 milhões de litros do etanol, sendo que 488,32 milhões foram apenas com o milho. Os Estados que produzem são Mato Grosso e Goiás. Onde existe a possibilidade de novas unidades serem construídas ou anexadas, aumentando assim, a produção brasileira do biocombustível.
DDG pode acrescentar ainda mais receita às usinas
Isso sem falar no DDG. O DDG é o grão de milho seco por destilação e é um dos produtos de uma indústria de etanol de milho. Este farelo proteico é usado há muito tempo por pecuaristas em países como Estados Unidos, Argentina e Paraguai. Com a expansão do mercado do etanol de milho no Brasil, o DDG começa a ser ofertado no mercado nacional e mesmo internacional, com importância relevante principalmente para a nutrição do gado de corte.
Uma amostra interessante disso é que já existem unidades comercializando o produto. A União Nacional do Etanol de Milho (Unem) liberou em seu site institucional a relação de usinas produtoras de etanol de milho que estão comercializando DDG. O objetivo é facilitar a relação entre compradores e produtores. Confira a lista.
No próximo post da série apresentaremos mais informações sobre um subproduto que recentemente se mostra uma fonte de receita garantida e que grandes grupos do setor já estão incorporando em seu core business. Além dessa série de publicações o JornalCana está preparando uma oportunidade valiosa para os interessados no assunto. Trata-se do evento online que acontece na próxima quarta-feira, 11/11, às 19h.
O webinar Etanol de Milho, E2G, Biogás e Outras Estratégias de Diversificação no Mercado Bioenergético reunirá 4 especialistas para um debate exclusivo. São eles:
- Alessandro Gardemann, presidente da Abiogás
- Francisco Vassellucci, CCO da Granbio & CEO interino da Granbio USA
- Raul Guaragna, diretor de operações da Tereos
- Silvio Rangel, presidente do Sindálcool-MT
fonte: JornalCana, escrita por Alessandro Reis