Vendas de carros elétricos podem crescer 6% este ano, estima IEA
21/05/2020 - 08:16h
Imagem: Banco de Imagens
Os efeitos da pandemia serão desiguais no mercado automotivo, com queda nas vendas de veículos a combustão e crescimento da demanda por elétricos, estima a Agência Internacional de Energia (EIA).
As projeções são para uma venda de 32 milhões de veículos no 1º semestre, seguida de uma recuperação na segunda metade do ano para 41 milhões de unidades. Representará uma queda de 15% em um ano.
Dentro deste mercado, contudo, a venda de elétricos pode manter a tendência de alta, chegando a 2,3 milhões de unidades (+6% no ano) e cerca de 3% da participação no mercado global de veículos.
O otimismo se explica por estímulos no importante mercado da China, que representou quase metade das vendas de elétricos em 2019, e pelo fato que a alternativa ainda é cara, muitas vezes voltadas para o mercado de luxo.
"O comprador típico de carros elétricos em muitos países ainda tende a ser mais rico que o consumidor médio e pode ser menos afetado pela crise econômica", explica a EIA.
Mas há riscos: os combustíveis fósseis ficaram mais baratos e as economias globais, mais pobres e com mais pessoas desempregadas. Assim como toda a discussão sobre a transição energética pós-crise, a tendência dependerá da política pública escolhida pelos governos para a impulsionar a retomada -- e se teremos um recrudescimentos de emissões ou maiores incentivos para reconstruir o que foi perdido em uma base mais verde.
"Em pacotes de estímulo do passado, no entanto, essas considerações nem sempre foram abordadas adequadamente e as vendas de SUVs e carros a diesel foram impulsionadas, o que elevou a demanda global de petróleo e a poluição do ar. O apoio à indústria automobilística também pode estar vinculado a regras [mais] ambiciosas de economia de combustível, que no passado acionaram a inovação e ajudaram a impulsionar as peças-chave da atual indústria de carros elétricos", alertam analistas da agência.
fonte: Udop, com informações do Epbr