Agronegócio busca colocar ESG em prática
19/05/2022 - 01:30h
Apesar de muito comentada no setor, a prática ainda é um desafio
O debate sobre ESG (Environmental, Social and Governance), que define parâmetros de adoção de medidas sociais, ambientais e de governança nas organizações, tem sido recorrente no setor do agronegócio. Mas, segundo o advogado especializado em agronegócio, Ricardo Costa Bruno, colocá-las em prática, ainda é um desafio para o segmento. Uma das dificuldades, explica ele, é que muitas empresas não sabem por onde começar, então o assunto acaba se restringindo às discussões ou ações pontuais.
Ricardo estima que boa parte das empresas do agronegócio já possuem atividades caracterizadoras das práticas de ESG, porém poucas sabem disso. É nesse sentido que consultorias especializadas podem ajudar as empresas, compilando ou mesmo construindo ações que promovam as boas práticas nas três esferas, o que resulta na elaboração de um Código de Sustentabilidade.
Quando uma organização ou companhia decide implantar boas práticas de ESG, cada tema é trabalhado de forma minuciosa. “Se uma indústria agropecuária, entre outras situações, sofrer um sinistro e não tiver documentado seus procedimentos referentes aos aspectos ambientais, especialmente as licenças, poderá sofrer as consequências dessa omissão e, até mesmo, arcar com uma eventual multa”, exemplifica o advogado.
Em relação aos aspectos sociais trabalhistas, as empresas não devem só respeitar os direitos trabalhistas, as normas de segurança e medicina do trabalho, mas também ter incentivo a inclusão social e diversidade, sempre preservando o bem-estar das pessoas e assim obtendo maior eficiência e efetividade dos colaboradores.
No aspecto da governança, Ricardo destaca que a aplicação do compliance, que trata de um conjunto de disciplinas que visa cumprir normas legais, pode ajudar as companhias a se tornarem mais produtivas e transparentes. A gestão, explica o especialista, é o primeiro departamento da empresa que precisa aderir à proposta ESG. “As lideranças precisam estar comprometidas com a causa”, completa.
Fonte: A.I, adaptado pela equipe feed&food.