Carne bovina: Exportação em setembro sobe 10,5% em receita e 6% em volume
06/10/2022 - 10:39h
A receita com as exportações brasileiras de carne bovina in natura e processada avançou 10,5% em setembro ante igual mês de 2021, para US$ 1,323 bilhão. O volume foi 6% maior em comparação com igual mês do ano passado, totalizando 231.446 toneladas, informou a Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo), com base em dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia.
Segundo a Abrafrigo, exportações totais em setembro bateram recorde mensal com a China ampliando, ainda mais, suas importações. No mês passado, 108 países aumentaram suas compras do produto brasileiro, enquanto outros 52 reduziram suas importações. “No acumulado do ano, as exportações caminham para o maior volume já movimentado pelo País e também de sua maior receita”, destaca a entidade.
O aumento na demanda chinesa se deveu, segundo a associação, ao feriado da Golden Week, quando ocorrem comemorações para celebrar a fundação da República Popular da China. Outro fator que impulsionou as compras no mês passado foi o movimento do país para aumentar os estoques da proteína antes das comemorações do Ano Novo Lunar, que ocorrem no início do ano que vem.
O gigante asiático comprou 137.723 toneladas em setembro, ampliando o recorde de agosto que foi de 131.884 toneladas e elevando sua participação na movimentação brasileira do produto para 52,8% contra 47,5%.
De janeiro a setembro, o Brasil já movimentou 1.751.227 toneladas ante 1.502.169 toneladas no mesmo período do ano passado. A entrada de divisas correspondente foi de US$ 7,467 bilhões em 2021 para US$ 10,146 bilhões em 2022, crescimento de 36%.
No acumulado do ano, a China importou 924.403 toneladas ante 713.787 toneladas no mesmo período do ano passado. A receita foi de US$ 3,824 bilhões no ano anterior para US$ 6,189 bilhões neste ano. Na segunda posição estão os Estados Unidos, com 128.898 toneladas até setembro ante 82.352 toneladas no ano passado (+56,5%), com receita passando de US$ 587 milhões para US$ 731 milhões (+24,4%).
Em terceiro lugar está o Egito, que importou 87.529 toneladas em 2022 contra 47.459 toneladas no ano passado (+84,4%). Na receita, essa participação subiu de US$ 185,3 milhões para US$ 334,8 milhões (+80,6%). Hong Kong ocupa a quarta posição com 74.258 toneladas adquiridas em 2022, contra 175.373 toneladas em 2021 (-57,7%). Na receita, essa participação caiu de US$ 673 milhões ano passado para US$ 264 milhões neste ano (Broadcast, 5/10/22)