Carne: Brasil deve continuar com um dos principais exportadores para EUA
05/12/2022 - 10:41h
O Brasil continuará sendo um importante exportador de carne bovina para os Estados Unidos em 2023, mas sem aumento na cota de 65 mil toneladas/ano, disse em relatório o Departamento de Agricultura do país (USDA).
O País é o maior exportador para os EUA dentro da categoria “Outros Países” de quotas tarifárias (TRQ, na sigla em inglês) estipulada pela Organização Mundial do Comércio (OMC), a qual limita as exportações de carne para os Estados Unidos em até 65 mil toneladas.
Segundo o USDA, a demanda pela proteína brasileira continuará firme no próximo ano por causa de uma oferta mais restrita de boiadas terminadas em razão do ciclo pecuário de baixa.
“Notavelmente, o Brasil carece tanto de uma cota específica quanto de um Acordo de Livre Comércio (FTA, na sigla em inglês) com os Estados Unidos. (Por enquanto) o Brasil concorre dentro da cota ‘Outros Países’”, ressaltou o USDA. O Brasil se tornou o maior fornecedor de carne bovina entre janeiro e março de 2022 nos EUA. Segundo o USDA, o Serviço de Inspeção de Segurança Alimentar (FSIS, na sigla em inglês) está avaliando países exportadores potenciais para determinar a equivalência para as importações de carne bovina, “o que significa que a concorrência pela cota de “Outros países” pode aumentar no futuro.”
O órgão lembrou que o Brasil preencheu a cota total em abril deste ano mas, ainda assim, continuou a ser o principal exportador dentro da categoria até setembro e o quinto maior exportador, atrás apenas do Canadá, México, Nova Zelândia e Austrália.
“O produto brasileiro permaneceu competitivo apesar de incorrer no imposto fora da cota por causa dos altos preços da carne bovina nos EUA, demanda firme por carne bovina industrializada e concorrência global limitada”, apontou. Entre janeiro e junho, o Brasil “desbancou” a Austrália e a Nova Zelândia como terceiro maior fornecedor do mercado americano.
De acordo com o USDA, quaisquer mudanças nas quotas da OMC requerem consulta, da mesma forma, mudanças nas cotas do FTA exigem negociações entre os Estados Unidos e o país parceiro. Neste caso, o Brasil. “Na maioria dos casos, uma cota de FTA é eliminada gradualmente após um determinado período de tempo. Como resultado, os Estados Unidos não alteram ou intervêm unilateralmente em seus acordos de cotas”, disse.
Pesquisa do Serviço Nacional de Estatística Agrária (Nass, na sigla em inglês) mostra que o rebanho bovino dos EUA continua a se contrair em 2022. Tanto as taxas de abate mais altas quanto o gado engorda até setembro de 2022 “reforçam ainda mais que o rebanho bovino dos EUA continuará sua contração em 2023.”
As importações de carne bovina historicamente permanecem elevadas com a oferta de gado pronto para abate e a produção de carne bovina reduzida. “Espera-se que essa tendência continue em meio a uma contração do rebanho prevista para 2023”, observou o USDA.
“A capacidade de produção do Brasil supera em muito a de seus concorrentes no TRQ ‘Outros Países’”, ressaltou o relatório do USDA, reiterando a possibilidade do Brasil continuar sendo o principal exportador dentro da sua categoria em 2023 (Broadcast, 2/12/22)
Fonte: Brasilagro
O Brasil continuará sendo um importante exportador de carne bovina para os Estados Unidos em 2023, mas sem aumento na cota de 65 mil toneladas/ano, disse em relatório o Departamento de Agricultura do país (USDA).O País é o maior exportador para os EUA dentro da categoria “Outros Países” de quotas tarifárias (TRQ, na sigla em inglês) estipulada pela Organização Mundial do Comércio (OMC), a qual limita as exportações de carne para os Estados Unidos em até 65 mil toneladas.
Segundo o USDA, a demanda pela proteína brasileira continuará firme no próximo ano por causa de uma oferta mais restrita de boiadas terminadas em razão do ciclo pecuário de baixa.
“Notavelmente, o Brasil carece tanto de uma cota específica quanto de um Acordo de Livre Comércio (FTA, na sigla em inglês) com os Estados Unidos. (Por enquanto) o Brasil concorre dentro da cota ‘Outros Países’”, ressaltou o USDA. O Brasil se tornou o maior fornecedor de carne bovina entre janeiro e março de 2022 nos EUA. Segundo o USDA, o Serviço de Inspeção de Segurança Alimentar (FSIS, na sigla em inglês) está avaliando países exportadores potenciais para determinar a equivalência para as importações de carne bovina, “o que significa que a concorrência pela cota de “Outros países” pode aumentar no futuro.”
O órgão lembrou que o Brasil preencheu a cota total em abril deste ano mas, ainda assim, continuou a ser o principal exportador dentro da categoria até setembro e o quinto maior exportador, atrás apenas do Canadá, México, Nova Zelândia e Austrália.
“O produto brasileiro permaneceu competitivo apesar de incorrer no imposto fora da cota por causa dos altos preços da carne bovina nos EUA, demanda firme por carne bovina industrializada e concorrência global limitada”, apontou. Entre janeiro e junho, o Brasil “desbancou” a Austrália e a Nova Zelândia como terceiro maior fornecedor do mercado americano.
De acordo com o USDA, quaisquer mudanças nas quotas da OMC requerem consulta, da mesma forma, mudanças nas cotas do FTA exigem negociações entre os Estados Unidos e o país parceiro. Neste caso, o Brasil. “Na maioria dos casos, uma cota de FTA é eliminada gradualmente após um determinado período de tempo. Como resultado, os Estados Unidos não alteram ou intervêm unilateralmente em seus acordos de cotas”, disse.
Pesquisa do Serviço Nacional de Estatística Agrária (Nass, na sigla em inglês) mostra que o rebanho bovino dos EUA continua a se contrair em 2022. Tanto as taxas de abate mais altas quanto o gado engorda até setembro de 2022 “reforçam ainda mais que o rebanho bovino dos EUA continuará sua contração em 2023.”
As importações de carne bovina historicamente permanecem elevadas com a oferta de gado pronto para abate e a produção de carne bovina reduzida. “Espera-se que essa tendência continue em meio a uma contração do rebanho prevista para 2023”, observou o USDA.
“A capacidade de produção do Brasil supera em muito a de seus concorrentes no TRQ ‘Outros Países’”, ressaltou o relatório do USDA, reiterando a possibilidade do Brasil continuar sendo o principal exportador dentro da sua categoria em 2023 (Broadcast, 2/12/22)
Fonte: Brasilagro