Carne suína: Brasil pode elevar exportações ao Chile em 20%
09/02/2023 - 07:43h
Após o Chile reconhecer o Rio Grande do Sul como área livre de febre aftosa sem vacinação, o Brasil poderá elevar em até 20% suas exportações de carne suína ao país vizinho. A projeção é do diretor de mercados da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Luís Rua.
Ao Broadcast Agro, Rua diz que cerca de 13 unidades frigoríficas instaladas no Estado podem pleitear habilitação para exportar a proteína suína ao mercado chileno. “O próximo passo é o Chile enviar uma missão técnica ao Estado para avaliar essas plantas e para que sejam feitas as inspeções”, explica. O país é um dos dez principais mercados para a carne suína brasileira.
Segundo Rua, a ABPA está pedindo ao governo federal que essas missões ocorram o quanto antes. “Pode ser daqui dois meses, três. Estamos aguardando eles”, adiantou. Na avaliação do diretor da entidade, a chancela do país sul-americano é um “momento histórico”. Até então, apenas Santa Catarina exportava aos chilenos. “Então é uma grande conquista para o Rio Grande do Sul”, diz.
O Rio Grande do Sul e o Paraná receberam em maio de 2021 o reconhecimento da Organização Mundial da Saúde Animal (OMSA), antiga OIE, como Estados livres de febre aftosa sem vacinação. Rua explica, no entanto, que apenas “isso não garante que os países reconheçam essa chancela para fazer acordos comerciais entre os países”. Assim como o Chile, Rua diz que outros mercados também devem fazer o mesmo. Entre eles, China, Coreia do Sul, Japão, Filipinas e México.
O Diário Oficial do governo chileno publicou o reconhecimento do Rio Grande do Sul na segunda-feira (6). No documento, o Ministério da Agricultura do país atesta que o Estado já tem o reconhecimento internacional de seu status sanitário e que as inspeções confirmaram as informações do governo brasileiro (Broadcast, 8/2/23)