O volume de chuvas registrado no porto de Paranaguá (PR) no mês de setembro foi 133% maior que em setembro de 2021. A estação meteorológica da empresa Portos do Paraná registrou 225 mm de água acumulada nos 30 dias deste ano, ante 96,3 mm no ano passado.

Segundo a administradora, o mau tempo teve impacto direto no embarque de grãos e, em especial, no de açúcar. Em setembro deste ano, 543,75 mil toneladas do adoçante foram carregadas nos portos de Paranaguá e Antonina. Em 2021, foram 632,38 mil toneladas.

“Como é feito a céu aberto, o carregamento é suspenso pelo capitão do navio quando chove, para proteger a carga”, explica o diretor de operações da empresa pública, Luiz Teixeira da Silva.

Principal terminal e operadora do produto a granel no estado, a Pasa embarcou 429,86 mil toneladas de açúcar na modalidade – quase 14% a menos do que era previsto para setembro.

Segundo o gerente administrativo e financeiro da empresa, Osvaldo Inácio da Silva, foram cerca de 270 horas de chuva no mês, o equivalente a 10 dias parados na operação. “A demanda pela commodity segue em alta. Nossa expectativa é embarcar um milhão de toneladas de produto nos próximos três meses”, diz.

Nesta segunda-feira, 10, dois navios estavam atracados e um estava programado para carregar açúcar em Paranaguá. Além disso, 11 embarcações estavam ao largo e 12 eram esperadas para chegar até o final do mês.

De maneira geral, o embarque de cargas pelos portos de Paranaguá e Antonina teve alta de 5% em setembro. O volume de produtos carregados com destino ao exterior somou 3,03 milhão de toneladas, contra 2,8 milhões em setembro do ano passado. Considerando os dois sentidos do comércio exterior, o volume movimentado pelos portos de Paranaguá e Antonina neste ano é praticamente o mesmo contabilizado em 2021 (44,46 milhão de toneladas).