Custo de produção cresce e rentabilidade cai em 2021/22; Pecege analisa 75 usinas
02/08/2022 - 08:20h
O gasto agrícola médio das sucroenergéticas foi de R$ 11.916,86/ha, contra os R$ 9.184,60/ha do ciclo 2020/21, aumento de 29,75%; despesas industriais, administrativas e com bioeletricidade também aumentaram
O cerco está se fechando para as margens econômicas das sucroenergéticas. Com os custos de produção em alta – ainda que os preços também estejam elevados –, a rentabilidade das usinas diminuiu em 2021/22 no comparativo com 2020/21, um resultado que deve se intensificar na atual temporada. Pelo menos este é o cenário observado na média setorial levantada pelo Instituto de Pesquisa e Educação Continuada em Economia e Gestão (Pecege).
A amostra do instituto corresponde a 178,2 milhões de toneladas processadas, o equivalente a 34,1% da moagem do Centro-Sul em 2021/22. No total, foram acompanhados 35 grupos econômicos, abrangendo 75 unidades.
Além de observar as margens, o instituto apresentou em seu relatório os indicadores técnicos e os custos agroindustriais do setor sucroenergético (incluindo cana, etanol, açúcar, bioeletricidade e CBios) na região Centro-Sul durante a safra 2021/22. Em junho, o NovaCana já havia publicado os dados parciais da temporada.
O Pecege relembra no relatório que, durante o ciclo, houve uma recuperação do preço do petróleo e uma manutenção da taxa de câmbio elevada, fatores que resultaram em ganhos expressivos para o etanol. A desvalorização cambial também contribuiu para a receita vinda do açúcar, em um cenário de menor disponibilidade de cana-de-açúcar devido às adversidades climáticas. Com isso, as exportações brasileiras do adoçante e a oferta global diminuíram, aumentando as cotações no mercado internacional.
Mas, do lado dos gastos, a queda na produtividade e o aumento dos preços dos insumos pressionaram as margens das sucroenergéticas no comparativo com 2020/21. Afinal, os custos ficaram mais elevados.
Segundo o Pecege, os números foram apurados com base nos gastos durante a entressafra de 2020/21 e amortizados de acordo com a curva de moagem da safra 2021/22, além de considerarem os desembolsos no período de colheita de 2021/22. Já as despesas gerais, administrativas e com vendas, bem como dados relacionados a preços, foram considerados somente de abril de 2021 a março de 2022.
Na reportagem a seguir, o NovaCana traz detalhes da pesquisa realizada pelo instituto com infográficos explicativos. Os dados do levantamento e de acompanhamento de safra feitos pelo Pecege Projetos demonstram uma média dos indicadores da região; também foram feitos comparativos com o fechamento do ciclo 2020/21. Além disso, o texto traz comentários sobre o tema feitos pelo economista Haroldo Torres durante o evento Expedição Custos Cana.
Fonte: novacana
O gasto agrícola médio das sucroenergéticas foi de R$ 11.916,86/ha, contra os R$ 9.184,60/ha do ciclo 2020/21, aumento de 29,75%; despesas industriais, administrativas e com bioeletricidade também aumentaramO cerco está se fechando para as margens econômicas das sucroenergéticas. Com os custos de produção em alta – ainda que os preços também estejam elevados –, a rentabilidade das usinas diminuiu em 2021/22 no comparativo com 2020/21, um resultado que deve se intensificar na atual temporada. Pelo menos este é o cenário observado na média setorial levantada pelo Instituto de Pesquisa e Educação Continuada em Economia e Gestão (Pecege).
A amostra do instituto corresponde a 178,2 milhões de toneladas processadas, o equivalente a 34,1% da moagem do Centro-Sul em 2021/22. No total, foram acompanhados 35 grupos econômicos, abrangendo 75 unidades.
Além de observar as margens, o instituto apresentou em seu relatório os indicadores técnicos e os custos agroindustriais do setor sucroenergético (incluindo cana, etanol, açúcar, bioeletricidade e CBios) na região Centro-Sul durante a safra 2021/22. Em junho, o NovaCana já havia publicado os dados parciais da temporada.
O Pecege relembra no relatório que, durante o ciclo, houve uma recuperação do preço do petróleo e uma manutenção da taxa de câmbio elevada, fatores que resultaram em ganhos expressivos para o etanol. A desvalorização cambial também contribuiu para a receita vinda do açúcar, em um cenário de menor disponibilidade de cana-de-açúcar devido às adversidades climáticas. Com isso, as exportações brasileiras do adoçante e a oferta global diminuíram, aumentando as cotações no mercado internacional.
Mas, do lado dos gastos, a queda na produtividade e o aumento dos preços dos insumos pressionaram as margens das sucroenergéticas no comparativo com 2020/21. Afinal, os custos ficaram mais elevados.
Segundo o Pecege, os números foram apurados com base nos gastos durante a entressafra de 2020/21 e amortizados de acordo com a curva de moagem da safra 2021/22, além de considerarem os desembolsos no período de colheita de 2021/22. Já as despesas gerais, administrativas e com vendas, bem como dados relacionados a preços, foram considerados somente de abril de 2021 a março de 2022.
Na reportagem a seguir, o NovaCana traz detalhes da pesquisa realizada pelo instituto com infográficos explicativos. Os dados do levantamento e de acompanhamento de safra feitos pelo Pecege Projetos demonstram uma média dos indicadores da região; também foram feitos comparativos com o fechamento do ciclo 2020/21. Além disso, o texto traz comentários sobre o tema feitos pelo economista Haroldo Torres durante o evento Expedição Custos Cana.
Fonte: novacana