Demanda por gasolina/etanol melhora no Brasil, mas segue abaixo de 2019
25/08/2022 - 09:34h
A redução foi de 35.000 barris no consumo de gasolina equivalente por dia entre janeiro e junho deste ano, na comparação com 2019. A demanda pelos combustíveis gasolina e etanol ainda não atingiu os níveis pré-pandêmicos
A demanda por gasolina C e etanol hidratado deve crescer gradualmente no Brasil no curto prazo, até o fim do ano, em função das isenções fiscais e das reduções de preços, segundo o mais recente relatório Latin American Oil Market Forecast, da S&P Global Commodity Insights.
Apesar da recuperação que já vem registrando, a demanda pelos combustíveis do chamado Ciclo Otto ainda não atingiu os níveis pré-pandêmicos, diz a pesquisa antecipada à Reuters, mostrando uma redução de 35.000 barris no consumo de gasolina equivalente por dia entre janeiro e junho na comparação com o mesmo período de 2019 – apesar de um ganho de 30.000 na comparação com 2021.
O relatório projeta uma alta de 20.000 barris por dia na demanda por gasolina/etanol hidratado no terceiro trimestre ante o mesmo período do ano passado, mas ainda 5.000 barris abaixo do mesmo período de 2019.
“A recuperação da demanda este ano foi retardada por uma série de fatores: preços de referência da gasolina muito fortes, inflação alta, crescimento econômico modesto, taxas de desemprego persistentemente altas…”, disse o gerente de análise de preços de petróleo e perspectivas regionais da S&P Global Commodity Insights, Lenny Rodriguez.
Ele lembrou que os preços da gasolina e etanol só recuaram recentemente com as medidas tributárias e uma redução no valor do petróleo ante as máximas do ano, um fator favorável para o consumo.
Ponderou também que houve “alguns progressos notáveis nos últimos meses” na taxa de desemprego, mas que possivelmente algumas mudanças de comportamento do consumidor –por exemplo, uma parte da força de trabalho pode ter transitado total ou parcialmente para um esquema de trabalho remoto– ajudam a manter a demanda por etanol e gasolina abaixo do patamar pré-pandemia.
Para o diesel, a consultoria avalia que os preços devem se manter fortes no mercado global até o final do ano, em linha com a avaliação feita pela Petrobras no mês passado.
“A incerteza sobre o fornecimento de diesel da Rússia para a Europa continua dando suporte, bem como o baixo nível de estoques de derivados em todos os principais centros comerciais, como Estados Unidos e Cingapura”, disse.
Desde julho, a Petrobras já reduziu três vezes o preço da gasolina nas refinarias, e o do diesel, duas vezes, após recuos no preço do petróleo e derivados no mercado internacional.
Mas esta semana os preços do petróleo tiveram uma alta, voltando a operar acima de 100 dólares o barril, com setor focando indicações de que a Opep+ pode cortar a produção, no caso de um acordo nuclear com o Irã que traria o produto iraniano ao mercado (Reuters, 24/8/22)
A redução foi de 35.000 barris no consumo de gasolina equivalente por dia entre janeiro e junho deste ano, na comparação com 2019. A demanda pelos combustíveis gasolina e etanol ainda não atingiu os níveis pré-pandêmicosA demanda por gasolina C e etanol hidratado deve crescer gradualmente no Brasil no curto prazo, até o fim do ano, em função das isenções fiscais e das reduções de preços, segundo o mais recente relatório Latin American Oil Market Forecast, da S&P Global Commodity Insights.
Apesar da recuperação que já vem registrando, a demanda pelos combustíveis do chamado Ciclo Otto ainda não atingiu os níveis pré-pandêmicos, diz a pesquisa antecipada à Reuters, mostrando uma redução de 35.000 barris no consumo de gasolina equivalente por dia entre janeiro e junho na comparação com o mesmo período de 2019 – apesar de um ganho de 30.000 na comparação com 2021.
O relatório projeta uma alta de 20.000 barris por dia na demanda por gasolina/etanol hidratado no terceiro trimestre ante o mesmo período do ano passado, mas ainda 5.000 barris abaixo do mesmo período de 2019.
“A recuperação da demanda este ano foi retardada por uma série de fatores: preços de referência da gasolina muito fortes, inflação alta, crescimento econômico modesto, taxas de desemprego persistentemente altas…”, disse o gerente de análise de preços de petróleo e perspectivas regionais da S&P Global Commodity Insights, Lenny Rodriguez.
Ele lembrou que os preços da gasolina e etanol só recuaram recentemente com as medidas tributárias e uma redução no valor do petróleo ante as máximas do ano, um fator favorável para o consumo.
Ponderou também que houve “alguns progressos notáveis nos últimos meses” na taxa de desemprego, mas que possivelmente algumas mudanças de comportamento do consumidor –por exemplo, uma parte da força de trabalho pode ter transitado total ou parcialmente para um esquema de trabalho remoto– ajudam a manter a demanda por etanol e gasolina abaixo do patamar pré-pandemia.
Para o diesel, a consultoria avalia que os preços devem se manter fortes no mercado global até o final do ano, em linha com a avaliação feita pela Petrobras no mês passado.
“A incerteza sobre o fornecimento de diesel da Rússia para a Europa continua dando suporte, bem como o baixo nível de estoques de derivados em todos os principais centros comerciais, como Estados Unidos e Cingapura”, disse.
Desde julho, a Petrobras já reduziu três vezes o preço da gasolina nas refinarias, e o do diesel, duas vezes, após recuos no preço do petróleo e derivados no mercado internacional.
Mas esta semana os preços do petróleo tiveram uma alta, voltando a operar acima de 100 dólares o barril, com setor focando indicações de que a Opep+ pode cortar a produção, no caso de um acordo nuclear com o Irã que traria o produto iraniano ao mercado (Reuters, 24/8/22)