Ferrovias reduzem custos e aumentam competitividade, afirma Eduardo Riedel
26/03/2021 - 08:13h
Com a previsão de investimentos, licitações e novas concessões no setor ferroviário em Mato Grosso do Sul, o governo do Estado criou o grupo de trabalho "Ferrovias MS", que terá a missão de acompanhar todos os projetos e processos em andamento. A intenção é potencializar esta área, que vai contribuir com a logística e infraestrutura do Estado.
O grupo de trabalho terá como foco os projetos envolvendo as ferrovias Ferroeste, Malha Oeste e Ferronorte, que cortam o Estado do Mato Grosso do Sul. Entre as funções da equipe está o acompanhamento dos processos de implementação das novas malhas (ferroviárias), modernizações e investimentos feitos pela iniciativa privada no setor.
O governador Reinaldo Azambuja destacou a importância do grupo e destes investimentos nas ferrovias do Estado. "O grande diferencial de outros países é o ganho de competitividade com o setor ferroviário, temos que seguir este caminho. Se melhorarmos a logística vamos competir ainda mais forte com eles. Apressar estes eixos (logísticos) vai reduzir nossos custos e trazer ganhos ao setor produtivo".
O secretário estadual de Infraestrutura, Eduardo Riedel, ressaltou que o grupo tem objetivos concretos em prol da modernização das ferrovias. "Este é o caminho para transformar a realidade do transporte em nosso Estado; o diálogo e a gestão, considerando que a inovação com o transporte ferroviário é sinônimo de redução de custos, e competitividade, é uma alternativa sustentável, melhora a eficiência logística e dá mais opções de investimentos ao setor produtivo, gerando mais emprego e renda", descreveu.
Riedel citou como destaque a Nova Ferroeste, que vai ligar Mato a Grosso do Sul ao Porto Paranaguá, que é a principal porta de saída da soja em grão sul-mato-grossense em 2021, respondendo por 94,37% do escoamento da matéria-prima ao exterior, nos primeiros dois meses deste ano.
O grupo também vai acompanhar os processos de relicitação, cronograma de investimentos e licenciamentos ambientais dos empreendimentos.
Os 12 membros titulares (grupo) serão indicados pelas secretarias e instituições para mandato de dois anos. O presidente da GT Ferrovias MS será o secretário estadual de Meio Ambiente de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar, Jaime Verruck.
Serão definidos o calendário de encontros e o grupo poderá requisitar estudos técnicos aos órgãos e às entidades de Poder Executivo Estadual e a outras entidades privadas, para subsidiar os trabalhos e definir medidas no setor. Os integrantes não serão remunerados por sua participação nas atividades.
Projetos
O secretário Jaime Verruck ressaltou que foi importante a criação do grupo, para discutir e acompanhar importantes processos do setor ferroviário em Mato Grosso do Sul, entre eles a "Ferroeste", onde estão avançados os estudos para concessão à iniciativa privada, com a previsão de construção de uma nova malha (ferroviária) de Maracaju até o Porto de Paranaguá.
Outro projeto é a nova licitação da Malha Oeste. "Esta ferrovia está em processos de relicitação. A empresa Rumo entregou o comando ao governo federal de volta e agora a malha será relicitada. Estão se fazendo agora os estudos de viabilidade. Até o final do ano devem fazer as audiências públicas para abrir o processo (licitação)", explicou.
Verruck também citou o acompanhamento da Ferronorte. "Esta ferrovia entra em Costa Rica e sai em Aparecida do Taboado, onde temos dois terminais de carga, um em Chapadão e outro de celulose em Aparecida. A previsão de investimento é de R$ 500 milhões da Rumo neste trajeto", destacou.
O grupo de trabalho terá representantes da Semagro, Seinfra (Secretaria de Estado de Infraestrutura), Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), Assembleia Legislativa, Fiems (Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso do Sul), Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul), PPI (Programa de Parcerias de Investimentos), ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres), Sindicato de Trabalhadores em Empresas Ferroviárias de Bauru e três da Assomasul (Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul).
fonte: Udop, com informações da Revista Ferroviária