Fixação do açúcar em Nova York perde ritmo por incerteza sobre combustíveis, diz Archer
14/06/2022 - 12:35h
As fixações de preços do açúcar da safra do ano que vem (2023/24) do Brasil perderam ritmo, diante de incógnitas no mercado, como os movimentos do governo brasileiro para alterar a tributação de combustíveis com o objetivo de reduzir os custos aos consumidores, segundo avaliação da Archer Consulting.
“Está tudo na penumbra, ninguém tem ideia do que está acontecendo”, disse o sócio-diretor da Archer, Arnaldo Luiz Correa, ao comentar a situação do mercado diante das conversas entre o governo e o Parlamento para reduzir o ICMS dos combustíveis e outros produtos considerados essenciais.
“Acho que as usinas vão segurar o máximo possível eventuais fixações para 2023/24. Se já há dúvidas para 2022/23, em termos de tamanho da safra e custos de produção, você imagina para o ano que vem”, afirmou ele.
Até o final de maio de 2022, o volume de vendas fixadas de usinas do Brasil girava em torno de 4,6 milhões de toneladas de açúcar, ao preço médio de 17,40 centavos de dólar por libra-peso sem prêmio de polarização. Isso equivale a 19,3% do volume estimado de exportação para a safra 2023/24, versus aproximadamente 15% até abril.Para Correa, a redução no ritmo de fixações foi “bem em linha com a nossa percepção de que, em função de tantas incógnitas que pairam sobre o mercado, ocorreu um natural desestímulo por parte das usinas de avançar no volume”.
Ao longo do mês passado, o governo discutiu formas de reduzir os preços dos combustíveis, o que gerou impacto no mercado de açúcar. No momento da divulgação do relatório, o projeto que impõe teto à alíquota do ICMS sobre combustíveis ainda precisava ser votado no Senado – o texto-base foi aprovado na noite desta segunda-feira, 13.
Além disso, conforme as discussões avançaram, foi apresentado um outro projeto, incluindo o etanol, para compensar possíveis perdas que teriam as usinas com a maior competitividade da gasolina.
Ainda assim, o consultor preferiu não tirar conclusões sobre o impacto para o mercado da eventual medida compensatória, opinando que estados deverão entrar com ações judiciais contra as mudanças propostas no ICMS
O consultor citou ainda que o volume de contratos futuros de açúcar negociado em maio na bolsa de Nova York foi de apenas 2,1 milhões, queda de 36% em relação ao volume negociado no mês anterior.
Roberto Samora
Fonte: novacana
As fixações de preços do açúcar da safra do ano que vem (2023/24) do Brasil perderam ritmo, diante de incógnitas no mercado, como os movimentos do governo brasileiro para alterar a tributação de combustíveis com o objetivo de reduzir os custos aos consumidores, segundo avaliação da Archer Consulting.“Está tudo na penumbra, ninguém tem ideia do que está acontecendo”, disse o sócio-diretor da Archer, Arnaldo Luiz Correa, ao comentar a situação do mercado diante das conversas entre o governo e o Parlamento para reduzir o ICMS dos combustíveis e outros produtos considerados essenciais.
“Acho que as usinas vão segurar o máximo possível eventuais fixações para 2023/24. Se já há dúvidas para 2022/23, em termos de tamanho da safra e custos de produção, você imagina para o ano que vem”, afirmou ele.
Até o final de maio de 2022, o volume de vendas fixadas de usinas do Brasil girava em torno de 4,6 milhões de toneladas de açúcar, ao preço médio de 17,40 centavos de dólar por libra-peso sem prêmio de polarização. Isso equivale a 19,3% do volume estimado de exportação para a safra 2023/24, versus aproximadamente 15% até abril.Para Correa, a redução no ritmo de fixações foi “bem em linha com a nossa percepção de que, em função de tantas incógnitas que pairam sobre o mercado, ocorreu um natural desestímulo por parte das usinas de avançar no volume”.
Ao longo do mês passado, o governo discutiu formas de reduzir os preços dos combustíveis, o que gerou impacto no mercado de açúcar. No momento da divulgação do relatório, o projeto que impõe teto à alíquota do ICMS sobre combustíveis ainda precisava ser votado no Senado – o texto-base foi aprovado na noite desta segunda-feira, 13.
Além disso, conforme as discussões avançaram, foi apresentado um outro projeto, incluindo o etanol, para compensar possíveis perdas que teriam as usinas com a maior competitividade da gasolina.
Ainda assim, o consultor preferiu não tirar conclusões sobre o impacto para o mercado da eventual medida compensatória, opinando que estados deverão entrar com ações judiciais contra as mudanças propostas no ICMS
O consultor citou ainda que o volume de contratos futuros de açúcar negociado em maio na bolsa de Nova York foi de apenas 2,1 milhões, queda de 36% em relação ao volume negociado no mês anterior.
Roberto Samora
Fonte: novacana