Grãos têm queda generalizada
01/03/2023 - 09:51h
O mercado de grãos teve forte queda nesta terça-feira (28), tanto na área internacional como na nacional. Soja e farelo registraram os principais recuos de preços na Bolsa de Chicago.
Vários fatores provocaram essa desaceleração. O principal deles foi uma correção técnica dos preços após altas elevadas nas últimas semanas, provocadas por efeitos climáticos em importantes países produtores, como a Argentina.
Após seca prolongada e até geadas, as preocupações com a quebra de safra dos argentinos já foram precificadas pelo mercado.
As pressões vindas do mercado brasileiro, devido ao atraso na safra de soja, diminuem com o avanço da colheita. Acompanhamento da AgRural indica que as máquinas já colheram 33% da área semeada com a oleaginosa.
A demanda chinesa, em especial para a soja, está mais fraca, e as compras do país asiático perderam força no mercado norte-americano. Os preços também caem no Brasil. No porto de Rio Grande (RS), a soja recuou para R$ 173 por saca, com queda de R$ 3 no dia. Em Sorriso (MT), a queda foi de R$ 2, com o valor da saca caindo para R$ 143.
O contrato de soja para maio teve retração de 2,2% em Chicago nesta quinta; o do farelo, 3,1%; e o do óleo, 0,5%. Milho e trigo também seguiram a tendência de queda, o mesmo ocorrendo com açúcar e algodão. Estes dois últimos são cotados em Nova York.
Desoneração
Para a Unem (União Nacional do Etanol de Milho), o governo demonstra responsabilidade fiscal e maturidade ao determinar a volta gradual da cobrança dos tributos federais sobre gasolina e etanol.
A medida respeita a competitividade do etanol frente à gasolina e estabelece a paridade da carga tributária anterior, promovendo o incentivo à cadeia de biocombustíveis (Folha de S.Paulo, 1/3/23)