Início da safra de soja deve contar com chuvas para plantio
25/08/2022 - 09:32h
Um plantio de soja dentro do planejado, com o apoio da umidade adequada, traz tranquilidade ao produtor.
O início do plantio de soja do Brasil da safra 2022/23, esperado para meados de setembro, deverá contar com chuvas favoráveis para o desenvolvimento dos trabalhos nas principais regiões produtoras, de acordo com meteorologistas.
Um plantio de soja dentro do planejado, com o apoio da umidade adequada, traz tranquilidade ao produtor. Mas executar os trabalhos sem atrasos é importante também para a obtenção de boas produtividades para outras culturas no Brasil, onde agricultores geralmente plantam milho e algodão após a colheita da oleaginosa.
Já uma segunda safra atrasada tende a ficar mais sujeita a riscos de um tempo mais seco, no Centro-Oeste, e de geadas, no Sul, à medida que o desenvolvimento das lavouras avance para mais perto da estação fria.
“Em setembro já começaremos a observar que a umidade da Amazônia começa a descer um pouco e ter uma pequena ligação com as frentes frias. Então tudo está caminhando para que, já em meados de setembro, mesmo com a presença da La Niña, chuvas venham a ocorrer no Brasil, tanto no Sul quanto no Centro-Norte”, disse o agrometeorologista da Rural Clima Marco Antônio dos Santos, em boletim nesta semana.
“Isso vai dar condições para que o plantio da nova safra de soja venha a correr”, acrescentou ele.
Muitos produtores já se preparam para dar a largada em setembro, mas uma grande parte também inicia os trabalhos em outubro, com menos riscos, quando as precipitações geralmente ficam mais regulares.
“Porém essas chuvas (de setembro) ainda não serão sinônimo da total regularização de chuvas, que só deverá ocorrer de fato em meados de outubro em diante, o que exige cuidado para soltar o plantio“, alertou Santos.
Um setembro mais úmido é indicação de bom início, contudo, uma vez que há expectativa de que, com um novo crescimento de área plantada, o Brasil possa colher uma safra recorde de grãos. Hoje (24), a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) projetou alta de 21% na colheita da oleaginosa em 2022/23, para mais de 150 milhões de toneladas.
A meteorologista Nadiara Pereira, da Climatempo, avalia que as chuvas “não devem ter um grande atraso neste ano, mas o início vai ser bastante irregular” entre as regiões, embora tenha ressaltado que em Mato Grosso, maior produtor brasileiro de soja, as precipitações serão “boas” em setembro.
“No Centro-Oeste, a chuva deve aumentar na segunda quinzena de setembro, se regularizando primeiro em Mato Grosso”, disse ela, ao comentar sobre o Estado que geralmente inicia o plantio.
“No finalzinho de setembro, virando pra outubro, as chuvas devem se espalhar entre o interior do Sudeste e Centro-Oeste, e em outubro que se espera uma regularização maior da chuvas entre Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso”, disse ela.
No último ciclo em que as chuvas atrasaram para o plantio, em 2020/21, o Brasil teve uma grande safra de soja, mas a colheita de milho, semeada em sua maioria após a colheita da oleaginosa, sofreu com seca e geadas (Reuters, 24/8/22)
Um plantio de soja dentro do planejado, com o apoio da umidade adequada, traz tranquilidade ao produtor.O início do plantio de soja do Brasil da safra 2022/23, esperado para meados de setembro, deverá contar com chuvas favoráveis para o desenvolvimento dos trabalhos nas principais regiões produtoras, de acordo com meteorologistas.
Um plantio de soja dentro do planejado, com o apoio da umidade adequada, traz tranquilidade ao produtor. Mas executar os trabalhos sem atrasos é importante também para a obtenção de boas produtividades para outras culturas no Brasil, onde agricultores geralmente plantam milho e algodão após a colheita da oleaginosa.
Já uma segunda safra atrasada tende a ficar mais sujeita a riscos de um tempo mais seco, no Centro-Oeste, e de geadas, no Sul, à medida que o desenvolvimento das lavouras avance para mais perto da estação fria.
“Em setembro já começaremos a observar que a umidade da Amazônia começa a descer um pouco e ter uma pequena ligação com as frentes frias. Então tudo está caminhando para que, já em meados de setembro, mesmo com a presença da La Niña, chuvas venham a ocorrer no Brasil, tanto no Sul quanto no Centro-Norte”, disse o agrometeorologista da Rural Clima Marco Antônio dos Santos, em boletim nesta semana.
“Isso vai dar condições para que o plantio da nova safra de soja venha a correr”, acrescentou ele.
Muitos produtores já se preparam para dar a largada em setembro, mas uma grande parte também inicia os trabalhos em outubro, com menos riscos, quando as precipitações geralmente ficam mais regulares.
“Porém essas chuvas (de setembro) ainda não serão sinônimo da total regularização de chuvas, que só deverá ocorrer de fato em meados de outubro em diante, o que exige cuidado para soltar o plantio“, alertou Santos.
Um setembro mais úmido é indicação de bom início, contudo, uma vez que há expectativa de que, com um novo crescimento de área plantada, o Brasil possa colher uma safra recorde de grãos. Hoje (24), a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) projetou alta de 21% na colheita da oleaginosa em 2022/23, para mais de 150 milhões de toneladas.
A meteorologista Nadiara Pereira, da Climatempo, avalia que as chuvas “não devem ter um grande atraso neste ano, mas o início vai ser bastante irregular” entre as regiões, embora tenha ressaltado que em Mato Grosso, maior produtor brasileiro de soja, as precipitações serão “boas” em setembro.
“No Centro-Oeste, a chuva deve aumentar na segunda quinzena de setembro, se regularizando primeiro em Mato Grosso”, disse ela, ao comentar sobre o Estado que geralmente inicia o plantio.
“No finalzinho de setembro, virando pra outubro, as chuvas devem se espalhar entre o interior do Sudeste e Centro-Oeste, e em outubro que se espera uma regularização maior da chuvas entre Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso”, disse ela.
No último ciclo em que as chuvas atrasaram para o plantio, em 2020/21, o Brasil teve uma grande safra de soja, mas a colheita de milho, semeada em sua maioria após a colheita da oleaginosa, sofreu com seca e geadas (Reuters, 24/8/22)