Maior teor de sólidos pode ampliar rentabilidade das usinas de etanol de milho
27/09/2022 - 16:34h
Rumo à segunda onda de desenvolvimento da indústria de etanol de milho no Brasil, é importante destacar a necessidade de investidores aumentarem a eficiência de suas operações e contemplarem outros indicadores, indo além do rendimento de etanol, para medir a performance desta indústria.
Afinal, mesmo com o crescimento apresentado pelo setor nos últimos anos, as plantas de etanol de milho precisam estar preparadas para lidar com externalidades que podem impactar o resultado da operação.
Cenários políticos e econômicos desafiadores impactam o ambiente de negócios, comumente resultando em flutuações nos preços das commodities, em alterações nas políticas públicas para biocombustíveis e em mudanças no ambiente regulatório e macroeconômico. Tais impactos no mercado podem desafiar o resultado operacional da indústria e são necessárias estratégias que maximizem a rentabilidade dos ativos de forma a proteger a rentabilidade da operação.
No mercado, apesar do rendimento de etanol por tonelada de milho ser a métrica de eficiência mais difundida, o caminho mais curto para atingir maior rentabilidade em uma planta industrial de etanol de milho passa pelo aumento do teor de sólidos no processo. Eles maximizam a produção de etanol, DDGS e óleo sem demandar necessariamente investimento em aumento de capacidade.
Para demonstrar o potencial de resultado da operação com alto teor de sólidos, fiz uma simulação da operação de uma planta de etanol de milho de aproximadamente 450 milhões de litros ao ano. O resultado indica que a elevação em 2 pontos percentuais nos sólidos da fermentação pode maximizar os resultados em R$ 37 milhões (lucro líquido).
Por outro lado, para atingir este mesmo resultado por meio do aumento de rendimento de etanol, seria preciso elevar a performance em até 20 litros por tonelada. Isso significa um aumento de rendimento em mais de 4%, desafio que pode esbarrar no próprio limite do processo e da matéria prima.
Desta forma, vale desafiar o paradigma corrente na indústria de etanol de milho, que correlaciona rentabilidade estritamente ao rendimento de etanol por tonelada de milho. Levando em conta o teor de sólidos no processo como um caminho preferencial, é possível alavancar a capacidade produtiva da planta e aumentar o seu resultado econômico.
Entretanto, operar com alto teor de sólidos demanda soluções biotecnológicas que suportem as condições desta estratégia de operação: níveis mais altos de ácido lático e ácido acético, e temperatura elevada.
Nestas condições, as leveduras avançadas se tornam o diferencial de rentabilidade para as plantas, principalmente em ativos que já trabalham em sua capacidade máxima, entregando o binômio rendimento e robustez para a operação. Estas leveduras proporcionam a elevação entre 5% e 7% no rendimento de etanol por tonelada de milho, o aumento entre 15% e 20% na extração de óleo e a redução do consumo de ureia como fonte de nitrogênio.
Etanol de milho no Brasil
Hoje, o etanol de milho já representa 15% de todo o volume de etanol consumido no país. Considerando um total de 30 a 32 bilhões de litros, o etanol de milho representa 5 bilhões de litros. Até 2030, é esperado que esse volume alcance 10 bilhões de etanol, segundo a União Nacional do Etanol de Milho (Unem).
Ainda de acordo com a entidade, a América Latina possui 30 usinas de etanol de milho (Argentina, Uruguai, Paraguai, Bolívia e Brasil), sendo 18 em operação no Brasil, com destaque para os estados do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás, além de nove plantas em construção em todo o território nacional, incluindo as regiões Norte e Nordeste.
Rumo à segunda onda de desenvolvimento da indústria de etanol de milho no Brasil, é importante destacar a necessidade de investidores aumentarem a eficiência de suas operações e contemplarem outros indicadores, indo além do rendimento de etanol, para medir a performance desta indústria.Afinal, mesmo com o crescimento apresentado pelo setor nos últimos anos, as plantas de etanol de milho precisam estar preparadas para lidar com externalidades que podem impactar o resultado da operação.
Cenários políticos e econômicos desafiadores impactam o ambiente de negócios, comumente resultando em flutuações nos preços das commodities, em alterações nas políticas públicas para biocombustíveis e em mudanças no ambiente regulatório e macroeconômico. Tais impactos no mercado podem desafiar o resultado operacional da indústria e são necessárias estratégias que maximizem a rentabilidade dos ativos de forma a proteger a rentabilidade da operação.
No mercado, apesar do rendimento de etanol por tonelada de milho ser a métrica de eficiência mais difundida, o caminho mais curto para atingir maior rentabilidade em uma planta industrial de etanol de milho passa pelo aumento do teor de sólidos no processo. Eles maximizam a produção de etanol, DDGS e óleo sem demandar necessariamente investimento em aumento de capacidade.
Para demonstrar o potencial de resultado da operação com alto teor de sólidos, fiz uma simulação da operação de uma planta de etanol de milho de aproximadamente 450 milhões de litros ao ano. O resultado indica que a elevação em 2 pontos percentuais nos sólidos da fermentação pode maximizar os resultados em R$ 37 milhões (lucro líquido).
Por outro lado, para atingir este mesmo resultado por meio do aumento de rendimento de etanol, seria preciso elevar a performance em até 20 litros por tonelada. Isso significa um aumento de rendimento em mais de 4%, desafio que pode esbarrar no próprio limite do processo e da matéria prima.
Desta forma, vale desafiar o paradigma corrente na indústria de etanol de milho, que correlaciona rentabilidade estritamente ao rendimento de etanol por tonelada de milho. Levando em conta o teor de sólidos no processo como um caminho preferencial, é possível alavancar a capacidade produtiva da planta e aumentar o seu resultado econômico.
Entretanto, operar com alto teor de sólidos demanda soluções biotecnológicas que suportem as condições desta estratégia de operação: níveis mais altos de ácido lático e ácido acético, e temperatura elevada.
Nestas condições, as leveduras avançadas se tornam o diferencial de rentabilidade para as plantas, principalmente em ativos que já trabalham em sua capacidade máxima, entregando o binômio rendimento e robustez para a operação. Estas leveduras proporcionam a elevação entre 5% e 7% no rendimento de etanol por tonelada de milho, o aumento entre 15% e 20% na extração de óleo e a redução do consumo de ureia como fonte de nitrogênio.
Etanol de milho no BrasilHoje, o etanol de milho já representa 15% de todo o volume de etanol consumido no país. Considerando um total de 30 a 32 bilhões de litros, o etanol de milho representa 5 bilhões de litros. Até 2030, é esperado que esse volume alcance 10 bilhões de etanol, segundo a União Nacional do Etanol de Milho (Unem).
Ainda de acordo com a entidade, a América Latina possui 30 usinas de etanol de milho (Argentina, Uruguai, Paraguai, Bolívia e Brasil), sendo 18 em operação no Brasil, com destaque para os estados do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás, além de nove plantas em construção em todo o território nacional, incluindo as regiões Norte e Nordeste.