Produção quinzenal de açúcar deve aumentar 6,7% no ano, aponta S&P Global
09/08/2022 - 16:04h
A produção de açúcar na região Centro-Sul do Brasil deve totalizar 3,25 milhões de toneladas na segunda quinzena de julho, refletindo um aumento de 6,7% no ano, segundo pesquisa da S&P Global Commodity Insights divulgada hoje, 9.
Para onze analistas consultados, a estimativa de moagem de cana variou de 48 milhões de toneladas a 49,5 milhões de toneladas. A projeção média era de uma moagem total de cana de 48,6 milhões de toneladas, um aumento de 3,6% no ano.
Já a concentração de açúcar total recuperável (ATR) por tonelada de cana-de-açúcar foi projetada em 147,31 kg/t, uma redução de 0,1% no ano.
De acordo com as pessoas ouvidas, o clima no Centro-Sul foi favorável para a moagem durante a segunda quinzena de julho, com menos de um dia esperado para chuva e cerca de 255 a 260 usinas ativas em 1º de agosto.
“O consenso do mercado é de que a moagem deva exceder em comparação com a mesma quinzena do ano passado e que a mistura de açúcar deva continuar aumentando em relação às quinzenas anteriores”, aponta a Platts Analytics. “Além disso, a gama de estimativas dos analistas para a segunda quinzena de julho está em uma faixa bastante fechada”.
Ainda conforme os analistas, a produção total de etanol da cana-de-açúcar deve chegar a 2,38 bilhão de litros na segunda quinzena de julho, aumento de 1,3% no ano.
Além disso, a expectativa de produção de hidratado era de 1,45 bilhão de litros, segundo a média das respostas à pesquisa, o que representaria um aumento de 5,8% no ano. A produção de etanol anidro na segunda quinzena de julho, por sua vez, era de 931 milhões de litros, 4,9% inferior ano anterior, segundo o levantamento.
Preços de açúcar e etanol
Para os analistas, a proporção de cana utilizada para a produção de açúcar deverá ser de 47,6%, acima do percentual do ano anterior, que foi de 46,2%. Segundo eles, os produtores brasileiros aproveitaram a recente alta do preço do etanol durante os estágios iniciais da safra, mas agora as expectativas de longo prazo são de que as usinas maximizem sua produção de açúcar durante a segunda metade da safra.
A Platts avaliou que o etanol hidratado em Ribeirão Preto (convertido em equivalente de açúcar bruto) estava em 16,66 centavos de dólar por libra-peso em 8 de agosto. Na mesma data, o contrato futuro de açúcar para outubro fechou a 17,96 centavos de dólar por libra-peso, caracterizando um prêmio de 1,3 centavo de dólar sobre o preço do etanol hidratado expresso em equivalente de açúcar bruto, sem considerar ganhos com CBios.
De acordo com dados da S&P Global, o prêmio do açúcar em relação ao etanol cairia para 0,5 centavo de dólar se os créditos de descarbonização fossem adicionados ao cálculo do prêmio.
Fonte: novacana