Seca na Europa atinge safra de milho em piora de crise climática
05/08/2022 - 09:52h
Temperaturas escaldantes encolhem as safras de milho em toda a Europa, no mais recente sinal de uma crise climática cada vez mais profunda que atinge desde o transporte fluvial no Reno até os olivicultores espanhóis.
O milho está sob estresse devido à falta de chuva e ondas de calor. Três quartos da Romênia, maior produtora da Europa, estão afetados por secas de gravidade variável, enquanto a França, outra grande produtora, teve o mês de julho mais seco já registrado. Agricultores em partes do leste da Alemanha podem perder toda a sua colheita.
“No fim de semana passado, vi campos onde o milho estava na altura dos meus joelhos”, disse Helmut Messner, do comitê alemão de produtores de milho. “Já está parcialmente marrom, então não há fotossíntese porque as folhas já estão mortas. Normalmente nesta época do ano as plantas têm de 2,5 a 3 metros de altura”.
Os campos de milho da Europa são as últimas vítimas de semanas de clima seco e quente que também reduziu drasticamente os fluxos de água em rios importantes, como o Reno, Ródano, Danúbio e Pó. A seca prejudica a irrigação e a navegação, restringindo o transporte de carvão e o resfriamento de usinas nucleares francesas no momento em que a Europa tenta reduzir sua dependência do gás russo.
A invasão russa também estrangulou os embarques de milho da Ucrânia. Embora a primeira carga de grãos do porto de Odesa – sob um acordo intermediado pelas Nações Unidas e a Turquia – tenha reduzido a alta de quase 10% nos preços do milho na semana passada, eles permanecem muito mais altos do que o normal para esta época do ano.
“Nesta temporada, o milho europeu certamente seria de maior importância para preencher a lacuna de oferta deixada pela Ucrânia”, disse o consultor sênior de mercado Peter Collier, da CRM AgriCommodities, no Reino Unido. “Mas com os problemas do milho na UE e as estimativas de produção sendo cortadas, a oferta de grãos está sendo esticada ainda mais”.
A União Europeia cortou sua previsão para a atual safra de milho para 65,8 milhões de toneladas, a menor desde 2018/19. Isso pode ser revisado para baixo ainda mais à medida que as condições se deterioram na França e em outros países.
Temperaturas escaldantes encolhem as safras de milho em toda a Europa, no mais recente sinal de uma crise climática cada vez mais profunda que atinge desde o transporte fluvial no Reno até os olivicultores espanhóis.O milho está sob estresse devido à falta de chuva e ondas de calor. Três quartos da Romênia, maior produtora da Europa, estão afetados por secas de gravidade variável, enquanto a França, outra grande produtora, teve o mês de julho mais seco já registrado. Agricultores em partes do leste da Alemanha podem perder toda a sua colheita.
“No fim de semana passado, vi campos onde o milho estava na altura dos meus joelhos”, disse Helmut Messner, do comitê alemão de produtores de milho. “Já está parcialmente marrom, então não há fotossíntese porque as folhas já estão mortas. Normalmente nesta época do ano as plantas têm de 2,5 a 3 metros de altura”.
Os campos de milho da Europa são as últimas vítimas de semanas de clima seco e quente que também reduziu drasticamente os fluxos de água em rios importantes, como o Reno, Ródano, Danúbio e Pó. A seca prejudica a irrigação e a navegação, restringindo o transporte de carvão e o resfriamento de usinas nucleares francesas no momento em que a Europa tenta reduzir sua dependência do gás russo.
A invasão russa também estrangulou os embarques de milho da Ucrânia. Embora a primeira carga de grãos do porto de Odesa – sob um acordo intermediado pelas Nações Unidas e a Turquia – tenha reduzido a alta de quase 10% nos preços do milho na semana passada, eles permanecem muito mais altos do que o normal para esta época do ano.
“Nesta temporada, o milho europeu certamente seria de maior importância para preencher a lacuna de oferta deixada pela Ucrânia”, disse o consultor sênior de mercado Peter Collier, da CRM AgriCommodities, no Reino Unido. “Mas com os problemas do milho na UE e as estimativas de produção sendo cortadas, a oferta de grãos está sendo esticada ainda mais”.
A União Europeia cortou sua previsão para a atual safra de milho para 65,8 milhões de toneladas, a menor desde 2018/19. Isso pode ser revisado para baixo ainda mais à medida que as condições se deterioram na França e em outros países.